21 de fevereiro de 2007

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Amar é realmente muito, muito difícil!
:: Rosana Braga ::

Tenho notado que a maioria das pessoas estão em busca de uma resposta:
o que fazer quando o amor começa a estremecer e a relação vai ficando ruim,
cheia de desentendimentos, brigas e dores?

O que fazer? Creio que esta seja, de verdade, uma ótima pergunta!
Principalmente porque as ótimas perguntas são as mais difíceis de serem respondidas!
O que fazer?
Encontrar a resposta é um desafio pessoal. Ou seja, a minha resposta serve somente
para mim e cada um terá de encontrar a sua. Mas, em último caso, podemos
trocar algumas dicas de como fazer isso ou, pelo menos,
de porque temos de fazer alguma coisa...

Amar não é fácil para ninguém e quanto mais nos propomos a persistir,
a mergulhar mais fundo numa relação e a tentar superar as dificuldades que
vão surgindo com o tempo, mais difícil parece se tornar...

O amor é como um labirinto, cheio de opções.
Quanto mais escolhemos, parece que mais perdidos ficamos e quanto
mais caminhamos, mais confusos nos encontramos...
É por isso que posso compreender o grande número de desistentes.
Amar é tarefa para os corajosos, para os fortes!

Conquistar uma pessoa é simples. Algumas pessoas têm dificuldade porque
sentem tanto medo do que vem depois que, sem perceber, já criaram
"armadilhas" internas para se auto-sabotarem e nem
começarem um relacionamento.
Difícil é manter uma pessoa. Difícil mesmo é continuar conquistando,
continuar investindo e acreditando que pode dar certo! Difícil é, sobretudo,
não mandar tudo "às favas" (para ser bem-educada) e partir para outra...

Porque você há de convir comigo que a ilusão de que desistir do que está
ruim para apostar no que parece que vai ser bom é bastante atraente.
Deixar-nos levar pela idéia de que a outra pessoa é a responsável pelo
fracasso do relacionamento é bem mais cômodo do que assumirmos nossa
participação, nossa desastrosa atuação.
E se quer saber, é justamente para isso que serve o amor!
Amar pai e mãe pode ser um "saco" muitas vezes, mas é bastante
aceitável! Amar os filhos pode nos render muito trabalho,
mas no final das contas a natureza faz com que seja fácil!
Amar os amigos é confortável, afinal de contas, recompensas não faltam!

Mas, convenhamos, amar alguém que entra em nossas vidas quando
já vivemos uns bons anos e que, em princípio, não sabe nada a nosso
respeito e nem nós a respeito dela parece coisa de maluco, não é?!
E pior ainda quando essa pessoa passa a aflorar em nós sentimentos tão
difíceis de lidar, como raiva, ciúme, insegurança, medo, tristeza e até uma
certa impotência... Aí então nos perguntamos: quem essa pessoa pensa que é?
Que direito ela tem de "invadir" a minha vida e me causar tanto sofrimento?
Por que eu deveria perdoá-la e continuar tentando? Por que eu não desistiria?

E eu responderia: porque é nesta relação, neste vínculo que estabelecemos
em nome do amor, e com essa pessoa que atraímos e escolhemos que
está o nosso passaporte para a evolução, para o autoconhecimento,
para a cura de nossas doenças mais profundas e invisíveis...
É para isso que nos foi dado o dom de amar: para que possamos enxergar
a nós mesmos através das atitudes do outro, através das imperfeições do outro.

Homens e mulheres se amam para se salvarem, tanto a si mesmos como ao outro!
Todos nós precisamos ser salvos e, para tanto, temos de pagar o preço.
Por isso, também fomos agraciados com outros dons como a tolerância,
a compaixão, o perdão, a capacidade de superação e, especialmente,
a humildade... para que pudéssemos reconhecer o quanto
temos a aprender com o outro!

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